sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Joaquim, o Judas


Joaquim morava em pequena cidade. Os habitantes de Menópolis, cidade próxima, não gostavam de Joaquim, pois sua personalidade batalhadora dava-lhe destaque. Isso despertava fúria nos habitantes da cidade vizinha. O tempo passou e Joaquim acabou ganhando o cognome de Judas. Seu coração sensível jamais se revoltou e ele prosseguiu em seu trabalho, sem esmorecer.
Certo dia, quando sua face apresentava sinais evidentes de velhice, ele foi questionado por seu maior amigo:
-Porque você nunca se defendeu? Afinal, quem o conhece fica triste com seu silêncio.
Joaquim respondeu:
-Você bem disse... quem o conhece. Se meus amigos me conhecem, isso me basta. Minha consciência estando tranquila é o que importa. Sempre, um dia, a verdade aparece.
E chegou o dia em que Joaquim partiu para o Mundo das Bem Aventuranças. Afastou-se deixando um rastro de luz... luz que chegou na cidade vizinha e inundou de beleza o firmamento... luz que aqueceu e iluminou os corações daqueles que o viam como inimigo.
Isso aconteceu há centenas de anos, mas até hoje Joaquim faz costumeiras visitas nos templos de Menópolis, passando bem estar aos doentes que clamam pela piedade de Deus.

Reflexão: Sempre, numa história, existem dois lados. Lágrimas rolam. Sucessos e insucessos na vida de cada um. Sorrisos, alegrias, mas também decepções. Avaliar, julgar, é tarefa que os sábios deixam para o Divino Juiz.

-História relatada pelo espírito Erasto, na manhã de 03/01/2014.
Psicodigitada por Maria Nilceia