Joaquim
morava em pequena cidade. Os habitantes de Menópolis, cidade próxima, não
gostavam de Joaquim, pois sua personalidade batalhadora dava-lhe destaque. Isso
despertava fúria nos habitantes da cidade vizinha. O tempo passou e Joaquim
acabou ganhando o cognome de Judas. Seu coração sensível jamais se revoltou e
ele prosseguiu em seu trabalho, sem esmorecer.
Certo
dia, quando sua face apresentava sinais evidentes de velhice, ele foi
questionado por seu maior amigo:
-Porque você
nunca se defendeu? Afinal, quem o conhece fica triste com seu silêncio.
Joaquim
respondeu:
-Você bem
disse... quem o conhece. Se meus amigos me conhecem, isso me basta. Minha
consciência estando tranquila é o que importa. Sempre, um dia, a verdade aparece.
E chegou
o dia em que Joaquim partiu para o Mundo das Bem Aventuranças. Afastou-se
deixando um rastro de luz... luz que chegou na cidade vizinha e inundou de
beleza o firmamento... luz que aqueceu e iluminou os corações daqueles que o
viam como inimigo.
Isso
aconteceu há centenas de anos, mas até hoje Joaquim faz costumeiras visitas nos
templos de Menópolis, passando bem estar aos doentes que clamam pela piedade de
Deus.
Reflexão:
Sempre, numa história, existem dois lados. Lágrimas rolam. Sucessos e insucessos
na vida de cada um. Sorrisos, alegrias, mas também decepções. Avaliar, julgar,
é tarefa que os sábios deixam para o Divino Juiz.
-História relatada pelo espírito Erasto, na
manhã de 03/01/2014.
Psicodigitada por Maria Nilceia