Segundo
a mensagem de uma rainha da França, contida no Evangelho Segundo o Espiritismo,
Cap. 8, 2, as condições básicas para termos merecidamente no futuro o Reino dos
Céus são: abnegação,
humildade, caridade, benevolência.
À
primeira vista parece moleza, mas nem sempre é, pois abrandar o coração de um
pessoa rancorosa, prepotente, cheia de si, não é fácil. Esperar que ela lhe dê
o ombro amigo, que ela lhe trate com a atenção que deseja, que lhe faça um
agrado, muitas vezes será esperar o muito que ela ainda não pode oferecer.
Vamos por partes:
-
abnegação pressupõe altruísmo. E
altruísmo pressupõe que se pense no próximo fora de nossos interesses egoístas;
haverão dias em que teremos que renunciar a uma atividade de lazer para acudir
alguém que esteja precisando de nossa ajuda;
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humildade... quem a tem é pessoa que cativa por sua simplicidade e meiguice ao
se dirigir a alguém. É aquela que nota sua presença e lhe fala com carinho,
seja na proximidade física ou não, utilizando o telefone, o computador ou
escrevendo uma carta. O indivíduo pode ser muito bem posicionado
financeiramente, mas humilde ao lhe
tratar bem, mesmo que você seja empregado
dele;
-
caridade... esta é uma virtude que fornece luz a quem a pratica. A caridade é
abrangente e vai além de matar a fome, além de doar vestes. Abraçar o
esquecido, falar ao sofredor, ensinar o ignorante, mostrar o caminho ao
desorientado, não criticar o companheiro, isso também é caridade. A caridade,
em todas as suas formas, é agradável a Deus;
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benevolência... trata-se da bondade verdadeira, aquela que não aceita pequenas
vinganças, aquela que sabe perdoar, entendendo que o ofensor está em
desequilíbrio. Quem tem bondade não pergunta quanto você tem nos cofres
bancários e vê o mais ínfimo servidor como alguém que merece compaixão. Quem é
bom se destaca por sua afabilidade.
Somente
o tempo exercerá o papel de escultor de nossa personalidade, e para isso é preciso
o cinzel que promove provações, dores e problemas, até que o equilíbrio seja
conquistado. Não tem como nos livrarmos das lições da vida, a não ser que
sejamos abertos à verdade que Jesus nos deixou, ensinando-nos a amar o próximo
como a nós mesmos.
Maria Nilceia