quinta-feira, 5 de maio de 2022

Necessária Reflexão Sobre Deus e Nós

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Necessária Reflexão sobre Deus e Nós



“Todas as coisas foram feitas por Ele, e nada do que foi feito, foi feito sem Ele. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam.” João, 1, 3-5

Como é poderoso o Deus que nos criou! Essa verdade nos conduz a sérias ponderações.

Devemos entender por trevas não somente a habitação dos espíritos ligados ao mal, mas sim as trevas que habitam em nós, através de pensamentos, sentimentos e atitudes.

Muitas vezes nos achamos bons e pacíficos, e por termos um bom conceito a nosso respeito, colocamo-nos em posição que nos faculta agir conforme os ímpetos que nos tomam. Fatos recorrentes estes, os quais nos impedem de evoluirmos no verdadeiro bem que pede caridade em todos os sentidos. 

Em nossas reflexões perguntemo-nos:

-minha revolta será justa?

-minha decisão é realmente a melhor para mim e para os demais?

-meus familiares e amigos aceitam o que venho fazendo?

-tento ouvir sempre os dois lados de uma história?

-se fosse eu faria melhor? 

Sempre que nos recusarmos a realizar esses questionamentos perante nossas consciências, é indício de que o orgulho e a prepotência estão a nos tomar, são as trevas impedindo a entrada da luz que emana da bondade e do poder de Deus.

Para cada atitude que condenamos no próximo, existem motivos sérios e cobranças que envolvem aquele que tomou a decisão que não aprovamos. Existem deliberações que ocorrem para o bem geral. Sem tanta vontade de atacar pessoas, comprometamo-nos a tentar entender.

“Não ajudemos a jogar pedras na cruz, que geralmente é pesada para quem a carrega.”

Esta maneira de viver nos dará a sabedoria que ainda não conquistamos e a paz diária que ninguém conseguirá destruir.

Imagem: João Evangelista

Maria Nilceia 


Abrindo as Algemas

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Abrindo as Algemas


Chega a hora em que o ser humano preso ao passado tem que se desligar do mesmo e parar de sentir prazer em relatar desgraças.

Chega a hora em que não se pode mais desejar que existam pessoas dispostas a ouvir lamúrias sem fim.

Chega a hora em que ninguém mais vai perguntar: tudo bem? A resposta já é conhecida. Então, para que perguntar? 

O horizonte sempre se abre para todos, com várias possibilidades de trabalho na senda do bem e da realização pessoal.

Os protetores se aproximam. Ajudam e mostram o caminho. Em grande parte das vezes, em vão.

O  sofredor prefere prosseguir degustando o próprio sofrimento. Prefere se arvorar no comodismo das reclamações sem fim. 

E o caminho a seguir, que poderia abrir-se tão amplo, é fechado pelo egoísmo do sofredor. Egoísmo sim, pois ele pouco acredita que existam  desgraças maiores que a dele. E ele não presta atenção nas pessoas que, apesar de padecerem, esforçam-se por viver de maneira positiva. 

Veio-me à mente, Jerônimo Mendonça. Ele não movimentava nenhuma parte de seu corpo, mas fazia palestras de autoajuda deitado numa maca. __

Quem reclama muito e não presta atenção nas orientações que recebe, acaba só. Só, porque se acomoda. 

A vida é feita de escolhas. Quem escolhe errado, nada de bom colhe. Soltar-se do passado é permitir que ele vá embora “com o rio das águas libertadoras”.

Maria Nilceia